O uso de ferramentas tecnológicas no mercado jurídico é uma realidade cada vez mais comum, tanto nos escritórios de advocacia, quanto nos departamentos jurídicos das grandes corporações.
Mas existem ferramentas específicas que podem auxiliar os gestores a conhecerem melhor as suas métricas de desempenho e as de seus concorrentes.
Essa é a proposta do benchmarking que, com avançadas tecnologias, faz uma análise estratégica das práticas bem-sucedidas e performances usadas por empresas de um mesmo setor, com o objetivo de aprimorar as suas atividades.
Acompanhe este texto e saiba como o benchmarking pode fornecer insights relevantes para subsidiar a tomada de decisão na sua empresa.
Antes de falarmos sobre a aplicação prática do benchmarking no jurídico, é importante lembrarmos o que é o benchmarking. Trata-se do desenvolvimento de estudos de comparação entre os seus indicadores com o de seus concorrentes. Os resultados, quando usados de forma estratégica pelo gestor, ajudam a empresa a atingir uma posição de destaque no mercado e com maior poder competitivo.
Apesar de ser uma técnica que surgiu no marketing, é cada vez mais comum observarmos departamentos jurídicos e escritórios de advocacia adotando o benchmarking para ter insights relevantes na prática jurídica.
Uma das empresas que adotou recentemente esta ferramenta no departamento jurídico é o Banco do Estado de Sergipe (Banese). Utilizando as soluções de Legal Analytics na gestão da carteira de processos desde 2021, o banco passou a utilizar o “Compare” (plataforma de benchmarking da Deep Legal) para analisar os seus indicadores no mercado.
“No início utilizamos a plataforma de Legal Analytics para as oportunidades táticas e operacionais, em especial para o saneamento da nossa base de dados e orientação de nossos escritórios. Recentemente tivemos a necessidade de revisar nossa estratégia de atuação e os indicadores resultados do benchmarking da plataforma nos deram subsídios importantes e que contribuíram para a nossa tomada de decisão”, destaca Marcelo Teixeira, gerente jurídico cível do Banese.
Com uma abordagem focada na identificação de oportunidades estratégicas e na otimização da gestão, a empresa obteve insights relevantes para a condução da carteira de processos, com ganho de agilidade e eficiência nos fluxos operacionais.
Uma das medidas implementadas, por exemplo, foi o impulsionamento da revisão contratual com os escritórios terceirizados, que resultou na alocação mais assertiva dos recursos internos e ajuste das estratégias de forma contínua, com base em uma análise meticulosa dos dados.
Com a análise dos dados públicos dos processos judiciais da sua empresa e da concorrência é possível ter uma visão global do mercado e ganhar inteligência competitiva, ajustando as estratégias e o planejamento empresarial de acordo com as demandas atuais da sociedade. Veja outras vantagens que benchmarking traz à prática jurídica estão:
o uso do benchmarking pode agregar muito valor à gestão jurídica da sua empresa. Ao conhecer melhor as suas próprias métricas de desempenho e compará-las com a concorrência, você consegue ter uma visão mais global do mercado e entender de que forma as demandas jurídicas estão sendo conduzidas pelo Judiciário.
Vale destacar que o benchmarking não é usado apenas para fins de comparação entre empresas ou escritórios. Mas sim, deve ser visto pelo gestor como um grande aliado para aprimorar a qualidade dos serviços e buscar melhorias contínuas na produtividade da equipe. É uma técnica que traz muitos benefícios no dia a dia das empresas e deve ser aplicada de maneira estratégica.