A falta de acompanhamento de métricas aplicadas ao direito é um dos desafios da gestão de departamentos jurídicos. O advogado enquanto profissional, em geral, não é avaliado de maneira quantitativa, diferente de profissionais de outras áreas - como marketing ou vendas.
Entretanto, esse cenário vem mudando com o avanço da tecnologia no departamento jurídico, trazendo métricas com o objetivo de tornar os processos internos mais ágeis, assim como o trabalho dos advogados, além de agregar valor às ações da empresa.
A seguir, apresentamos alguns pontos para que um gestor da área jurídica possa compreender melhor o porquê de adotar métricas; como uma maneira de revolucionar o departamento, o que pode ser determinante no sucesso da sua gestão.
Para gerenciar sua equipe ou escritório, um gestor jurídico deve acompanhar o andamento dos processos, assim como quais profissionais rendem mais e em qual função.
É nessa atividade que as métricas são uma ótima forma de definir quais são as prioridades para o setor e assim determinar o que será prevalecido. Afinal, as métricas trazem informações extraídas a partir de números - obtidos de forma bastante confiável - com as quais é possível fazer um melhor gerenciamento.
Um exemplo prático é: vários casos chegam aos departamentos jurídicos, como saber por qual começar? Ou ainda, quanto tempo será necessário investir nestes casos? Ao definir quais métricas serão aplicadas, um gestor tem informações que, quando avaliadas, auxiliam a precificar serviços, comparar desempenhos e ademais colaboram para o aumento da produtividade do setor jurídico como um todo.
Por fim, com a clareza do que é mais ou menos importante, a gestão jurídica pode alocar os recursos e advogados necessários de acordo com os objetivos.
Nas mais diversas áreas, costuma-se dizer que sem métricas é como “caminhar no escuro” - isso porque métricas interpretam padrões/medidas que podem determinar e orientar o percurso de um planejamento. Enquanto o direito tende a se tornar uma área cada vez mais estratégica - e tecnológica, será (e é) necessário tomar decisões com base em dados no departamento jurídico - a cultura data driven. Isso significa que, com acesso a essas informações, as tomadas de decisões são melhor avaliadas, com - por exemplo - análises preditivas norteando as próximas ações.
Outro destaque vai para o acompanhamento dos resultados; a avaliação do que já foi realizado. Aqui, a gestão tem mais um ganho, pois as métricas permitem compreender o histórico para saber o que funcionou (ou não) em processos e casos anteriores, oferecendo à gestão uma certa previsibilidade.
Os gastos do departamento podem ser divididos de acordo com o orçamento disponível do escritório, por tipo de assunto ou com o setor e contratações externas. Com a necessidade de alocar recursos, é importante que o gestor jurídico tenha ferramentas para administrar o orçamento de maneira transparente e, claro, estratégica.
Da mesma forma que áreas como planejamento precisam otimizar seus recursos, com o departamento jurídico não é diferente. Saber quais despesas serão gastas em cada processo é essencial para que a administração seja, de fato, eficiente.
Utilizar métricas tem sido importante para o desenvolvimento e inovação do direito. Quando apoiadas por uma tecnologia no departamento jurídico para facilitar as análises, proporcionam benefícios que revolucionam o dia a dia dos advogados.
_______________________________________________________________________________________________________________
Veja como a tecnologia pode auxiliar no acompanhamento de métricas e potencializar os resultados da sua gestão jurídica no artigo “De que forma a tecnologia para advogados pode impactar os resultados?"