O storytelling, ou a arte de contar histórias, faz parte da evolução da sociedade e há tempos vem sendo utilizada para conquistar e reter clientes por meio de enredos elaborados e narrativas envolventes, com o objetivo de gerar uma conexão entre o locutor e o interlocutor.
Trata-se de uma técnica de comunicação que utiliza narrativas para transmitir informações, criar conexões emocionais e transmitir mensagens de forma impactante. Por meio de histórias, é possível capturar a atenção das pessoas, despertar empatia e tornar complexos conceitos jurídicos mais acessíveis.
A técnica se difundiu no marketing, mas hoje tem aplicações em todas as áreas e, no Direito, tem se mostrado uma importante ferramenta no dia a dia dos escritórios e departamentos Jurídicos.
Quer saber como? Acompanhe o texto e compreenda como estruturar e descobrir como utilizar algumas aplicações práticas do storytelling no Direito.
Assim como uma história, um bom storytelling de dados deve ser convincente, trazer credibilidade e criar uma conexão emocional com o ouvinte/leitor. Isso pode ser feito de diferentes maneiras, seja por meio de textos, vídeos, áudios e/ou apresentações. Porém, é preciso estar atento aos passos que precisam ser seguidos, para que a história faça sentido.
Portanto, ao elaborar um caso jurídico, é importante identificar os elementos emocionais que podem estar presentes e utilizá-los para criar uma narrativa envolvente.
Além disso, é essencial adaptar o storytelling ao público-alvo. Cada contexto jurídico possui suas próprias características e expectativas. Ao redigir um contrato, por exemplo, é possível utilizar narrativas para ilustrar situações hipotéticas e destacar as cláusulas mais relevantes.
Outra técnica importante é a de simplificar conceitos complexos por meio de analogias e metáforas. A lei é frequentemente repleta de terminologia técnica e abstrata, o que pode dificultar o entendimento por parte de leigos. O uso de histórias e comparações torna esses conceitos mais tangíveis e compreensíveis, facilitando a comunicação com o público.
Parece até óbvio um "passo a passo" para contar uma história, no entanto, quando trazemos o conceito de storytelling para o Direito (e outras áreas) é importante retomar o que faz uma narrativa ser interessante para quem vai consumir o conteúdo. Ou seja, como trabalhar as informações de maneira a prender a atenção e gerar engajamento, de forma a prender atenção e até converter novas atividades.
Para estruturar seu storytelling tenha em mente:
Início: Começar uma história requer uma boa contextualização, por isso é importante destacar os big numbers relacionados à demanda do cliente, para gerar uma consciência do cenário atual.
Meio: Contra dados não há argumentos, então é importante deixar claro os prós e contras das informações extraídas, demonstrando os erros e acertos e de que forma os dados podem resolver as dores do cliente.
Fim: Por fim, utilize os dados para identificar insights ocultos e prever possibilidades, apresentando soluções para diferentes cenários futuros.
Vale destacar que em todas as etapas é importante manter o foco nas informações que realmente são relevantes e eliminar os dados não essenciais, mantendo assim a atenção na resolução do problema. Lembre-se que a história deve responder às principais perguntas e sempre passar pelo conhecimento do negócio de seu cliente, de forma sincera e baseada em dados.
Na Área Jurídica, a argumentação analítica baseada em representações visuais de diferentes dados (visual law) facilita a comunicação e fornece insights relevantes para a condução dos processos e isso pode facilmente ser aplicado no storytelling.
Assim, a habilidade de contar histórias efetivas pode fazer toda a diferença. Advogados que dominam a arte do têm a capacidade de influenciar, persuadir e cativar seus ouvintes, seja em tribunais, salas de negociação ou até mesmo ao redigir documentos legais.
O storytelling com dados na prática jurídica é uma técnica poderosa que permite aos advogados apresentar seus argumentos de forma envolvente na persuasão de Juízes, Jurados e até mesmo de clientes. Ao contar uma história bem estruturada, o advogado pode construir uma narrativa que envolve os fatos, a legislação aplicável e os interesses das partes envolvidas. Dessa forma, é possível apresentar argumentos de forma clara, convincente e memorável.
Entre as possibilidades, os dados para a construção da narrativa podem ser extraídos de gráficos, tabelas, mapas mentais e fluxogramas. E, neste processo, muitas soluções tecnológicas podem ser usadas para transformar as informações jurídicas em representações visuais.
Além de auxiliar na prospecção e retenção de clientes, o storytelling ainda pode ser aplicado na prática jurídica, ao fazer uma petição ou uma sustentação oral, por exemplo.
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Como se vê, a técnica contribui e tende a ser ainda explorada no dia a dia do Jurídico, pois a partir da compreensão dos dados é possível contextualizar o enredo, analisar as possibilidades e apresentar soluções que atendam às necessidades dos clientes. Ainda, levando em consideração que nem todo cliente tem conhecimento teórico, o uso do storytelling visa melhorar a compreensão das informações, oferecendo um material mais didático.
A argumentação analítica baseada nesses dados facilita a legibilidade e gera o engajamento da equipe na busca de soluções. Por isso, a história deve ser estruturada de modo estratégico, apontando os pontos que precisam de melhoria e quais os principais caminhos a serem seguidos.
Assim, o uso de storytelling melhora as habilidades de comunicação e análise, convertendo informações em soluções, que são absorvidas por muito mais pessoas no dia a dia da empresa.
Cada vez mais, o Direito absorve práticas e tendências que são comuns a outras áreas. Estar atento a esses movimentos coloca os profissionais um passo à frente tanto para conquistar novos clientes como também para manter a carteira. E então, convencemos você ou seu escritório a fazer o uso do storytelling Jurídico?