Considerada a aplicação de maior crescimento dos últimos tempos, o ChatGPT é assunto em todo o mundo e, em apenas dois meses, já conta com mais de 100 milhões de usuários. Com esse número elevado e significante, a Plataforma de Inteligência Artificial já começou a impactar todos os setores da economia, inclusive o Jurídico.
Com a promessa de revolucionar o modo como textos - ou respostas - são produzidos, a ferramenta utiliza o processamento de linguagem natural (ou seja, entende o significado das frases) e interage com o usuário de forma conversacional.
Nesse contexto, e levando em conta a transformação digital cada vez mais presente nas atividades profissionais, como o mundo jurídico pode utilizar essa ferramenta?
Criado pela OpenAI o ChatGPT é uma ferramenta de Inteligência Artificial que funciona como um chatbot, ou seja, através do diálogo é capaz de oferecer ajuda aos seus usuários por meio de informações, respostas às mais diversas perguntas, suporte técnico, dentre outros.
O grande diferencial do ChatGPT é que ele pode ser “treinado”, a partir da Inteligência Artificial generativa, podendo criar textos a partir de comandos textuais (prompts/perguntas) que se tornam cada vez mais precisos.
Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, explica que o serviço possui funções como responder perguntas, resolver equações matemáticas, escrever textos, depurar e corrigir códigos, traduzir idiomas, criar resumos de textos, fazer recomendações, classificar coisas e explicar o que algo faz, como um bloco de código. Seu raciocínio é feito a partir das informações de texto que foram inseridas nele, ou seja, é possível interpretar e esclarecer o que já possui treinamento.
Como grande parte das inovações tecnológicas e possibilidades de uso, o ChatGPT deve otimizar o tempo de trabalho do advogado, que por sua vez pode se direcionar para outras atividades. A partir disso, Louzada destaca cinco aplicações que o ChatGPT traz à prática jurídica:
Mesmo com todas as vantagens que esse software traz, o uso do ChatGPT deve ser feito com cuidado, pois, embora se tenha notícia de que o ChatGPT foi “aprovado” na 1ª fase da OAB e também possui a capacidade de produzir sentenças, temas mais complexos ainda não “treinados” pela ferramenta, podem não ser respondidos de forma assertiva. Isso porque os processos jurídicos não estão totalmente atualizados e organizados na ferramenta e por isso o conteúdo pode vir com muitas variações.
Nesse contexto, a CEO da Deep Legal comenta que o ChatGPT não está totalmente treinado para responder perguntas mais complexas. “Por isso é importante aliar o uso e o treinamento às soluções de tecnologia já disponíveis no mercado como o Legal Analytics, por exemplo, que faz a mineração em todos os bancos públicos da Justiça” - encerra Vanessa Louzada.
Para debater as aplicações práticas do ChatGPT no Direito, a Deep Legal realizará no próximo dia 30, o workshop “O ChatGPT: o que é, como funciona e como podemos usá-lo no mundo jurídico” online e gratuito, para a comunidade jurídica. Na ocasião, o engenheiro e CPO da Deep Legal, Raul Figueiredo, vai falar sobre como a solução foi desenvolvida, os algoritmos por trás da plataforma e o seu potencial uso em análises de textos legais.
O evento acontecerá às 19h pelo Zoom. Para se inscrever, clique aqui.