25/05/2022

MERCADO JURÍDICO: NOVAS PROFISSÕES PARA QUEM FEZ DIREITO

7/8/2023

Escolhas profissionais demandam tempo, dedicação e em alguns casos pesquisa. Seja para quem se forma ou para quem já está no mercado de trabalho, a área jurídica conta com novas profissões.

São funções que surgem para atender novas demandas, ou ainda, para absorver as adaptações que ocorrem no mercado de trabalho - e o Direito está incluído nisso. Essas novas profissões provam que cada vez mais serão descobertas diferentes maneiras de atuar e seguir carreira.

Pesquisa divulgada no ano passado, encomendada pela Dell Technologies para o Institute for the Future (IFTF), revela que 85% dos trabalhos que existirão em 2030 ainda não foram inventados. É o que revela o estudo “Projetando 2030: uma visão dividida do futuro”, que contou com a participação de 3.800 líderes de negócios de médias e grandes corporações em 17 países, incluindo o Brasil.

Diante de tantas tendências e transformações - destaque para a transformação digital - surgem inúmeras atividades. O mercado jurídico vem se adequando, por isso, já há novas funções para o profissional que ingressa no ramo ou, ainda, para quem quer mudar o plano de carreira.

Reunimos quais são as novas profissões em Direito mais buscadas atualmente – mas é importante ficar atento: novas oportunidades de carreira ainda virão pela frente.

Entendendo o contexto: V.U.C.A


Criado no período pós Guerra Fria (1947 - 1991), os Estados Unidos começaram a utilizar o termo VUCA para tentar explicar a nova dinâmica de mundo que estava surgindo. A ideia buscava descrever as transformações sociais que ocorriam.

VUCA é um acrônimo que significa Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade – as iniciais são provenientes do inglês: Volatility, Uncertainty, Complexity and Ambiguity.

A compreensão desse acrônimo pelas lideranças é o que faz a diferença no planejamento estratégico e futuro das empresas - isso reflete diretamente nas organizações que contam com setores jurídicos, grandes escritórios e departamentos independentes.

  • Volatilidade se refere à velocidade da mudança na indústria, mercado ou mundo em geral.  Quanto mais volátil o mundo está, mais rapidamente as mudanças acontecem.
  • Incerteza se refere à medida em que podemos prever com confiança o futuro. Quanto mais incerto o mundo, mais difícil é prever.
  • Complexidade é o número de fatores que precisam ser levados em conta, suas variedades e as relações entre eles. Quanto mais fatores, maior a variedade e quanto mais interligados, mais complexo é o ambiente e mais difícil a análise.
  • Ambiguidade é a falta de clareza sobre como interpretar algo. Quanto mais ambíguo o mundo é, mais difícil é interpretá-lo.

Avaliando esses conceitos, percebe-se que é preciso ter flexibilidade mental para a reinvenção e rápida adaptação ao novo. Não obstante, compreende-se que a sociedade enfrentou (e enfrenta) uma aceleração de processos a partir do cenário da pandemia de Covid-19.

Mercado jurídico: novas carreiras

Todos os setores da economia estão sendo impactados pela implementação de novas tecnologias e metodologias. A inovação chegou ao ecossistema jurídico e com ela trouxe também diversas oportunidades de carreira, como novos modelos profissionais para Bacharéis em Direito. Ainda, ao compreender a transformação digital, diferentes demandas são apresentadas no dia a dia dos profissionais.

A seguir, trazemos algumas dessas novas profissões jurídicas que fazem parte da inovação e disruptura de um mercado que por muito tempo se manteve resistente a mudanças que o futuro e, principalmente, a tecnologia trazem.

  1. Cientista de dados jurídicos - desenvolve estruturas para analisar, organizar e interpretar dados de natureza jurídica. Com a ajuda dos computadores, programas e sistemas de inteligência artificial, os advogados podem prever, através de modelos estatísticos, os resultados de seus processos por meio de dados de casos parecidos. Dessa forma, conseguem se preparar melhor para resolver conflitos, prever a decisão do juiz ou a duração do processo, por exemplo.


  2. Legal Designer – cria e remodela serviços jurídicos, através de soluções em foco na facilitação e experiência do usuário. Isto é, tem a função de facilitar processos, remodelar documentos jurídicos, além de redesenhar serviços.
  3. Copywriter jurídico – pessoa que escreve textos jurídicos com propriedade, para gerar engajamento e autoridade em marketing jurídico. Mais do que servir para conquistar clientes, a ideia é levar informação jurídica relevante e confiável para diferentes públicos.


  4. Engenheiro jurídico - traduz a linguagem jurídica em lógica de programação, ajudando a criar ferramentas de tecnologia para as lawtechs. Seu trabalho é usar os dados judiciais e informações de casos semelhantes no auxílio de operadores do direito para prever os resultados de questões jurídicas.
  5. Legal Customer Success – é a pessoa do time que vai acompanhar o sucesso do seu cliente a partir de inovação e indicadores estratégicos. O profissional é o responsável por garantir a satisfação do cliente. Cabe a ele identificar uma dificuldade e apresentar a melhor maneira de resolvê-la, visando a realização dos objetivos do cliente.
  6. Gestor de risco – tem como função avaliar os riscos, garantir a privacidade do cliente, obter seguros para violações e reforçar a segurança dos sistemas internos. Tudo isso para garantir os dados confidenciais repassados pelos clientes, protegendo-os e impedindo que sejam alvos de hackers.

No cenário atual - e preparando-se para o futuro - ter apenas o conhecimento jurídico é pouco. É preciso engajar, questionar e transformar. Os profissionais do Direito precisam estar atualizados, desenvolver habilidades, ampliar e variar seu repertório. O sistema jurídico por muito tempo se manteve avesso à inovação, cabe então aos profissionais despertarem para as várias possibilidades que se apresentam a partir da tecnologia, das tendências e das dinâmicas que podem ser desenvolvidas. Há ainda muito para descobrir.

Retomando o tema do início do texto: o que o profissional da área jurídica estará fazendo em 2030?

É preciso pensar na resposta!

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