O mundo está em constante evolução, e a área jurídica não é exceção. A inovação jurídica é um tema cada vez mais relevante no cenário jurídico brasileiro, e com o avanço das tecnologias, a transformação na prática do direito tem sido inevitável. No entanto, é importante destacar que a inovação vai muito além do uso da tecnologia. Neste artigo, exploraremos o panorama da inovação jurídica no Brasil, citando dados relevantes que demonstram como essa abordagem holística está influenciando positivamente o campo do direito e beneficiando advogados, escritórios e, principalmente, os clientes.
Muito se fala sobre inovação e tecnologia e, de fato, a transformação digital vivenciada nos últimos anos revolucionou o modo de produção em todo o mundo. Hoje, a era digital é uma realidade e estamos familiarizados com termos como Inteligência Artificial, Internet das Coisas e tantos outros que passaram a fazer parte do dia a dia dos profissionais das mais variadas áreas, inclusive do Direito.
Apesar de ser considerado um setor mais tradicional e conservador, podemos observar uma verdadeira transformação. Acompanhando a revolução digital da sociedade, os operadores jurídicos se deparam cada vez mais com soluções tecnológicas que visam otimizar o trabalho dos profissionais e aumentar a assertividade de suas ações.
De acordo com uma pesquisa realizada no ano passado pela Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), 85% dos advogados reconhecem que as novas tecnologias ajudam o setor e otimizam o desenvolvimento de suas atividades. Um outro estudo, do anuário ‘Análise Advocacia’ de 2022, aponta que 97% dos escritórios de advocacia e 70% dos departamentos jurídicos aumentaram seus investimentos em ferramentas digitais nos últimos dois anos no Brasil.
Neste rol de soluções e tecnologias que são aplicadas ao Jurídico, podemos citar algumas como Big Data, Inteligência Artificial, Machine Learning, Legal Analytics, Visual Law e tantas outras que estão ganhando cada vez mais espaço na rotina dos escritórios e departamentos jurídicos no Brasil e no mundo.
Mas, apesar de as soluções tecnológicas serem as grandes propulsoras da transformação digital, a inovação requer também uma mudança de mentalidade e cultura empresarial e, este processo nem sempre está atrelado às ferramentas digitais.
Ser inovador vai muito além de utilizar a tecnologia na prática jurídica ou de estar antenado com as tendências digitais do mercado. Para inovar além do uso da tecnologia, o profissional precisa mudar a forma como recebe, processa e responde às demandas cotidianas.
E essa mudança começa com o desenvolvimento de um mindset digital. O que isso significa? Significa que para ser inovador, o profissional precisa mudar a sua mentalidade e a forma como vê as coisas, buscando entender como a tecnologia pode auxiliar na solução dos problemas e no desenvolvimento corporativo.
Para promover essa mentalidade digital, estar de mente aberta e pensar ‘fora da caixa’ é o primeiro passo. Mudar a forma como raciocinamos é um treino diário e requer muita atenção para não recorrermos a padrões antigos. O importante é manter o foco na otimização dos serviços e na melhoria contínua dos processos e, pensando de que forma é possível substituir os modelos tradicionais e já obsoletos por metodologias disruptivas mais ágeis e que agreguem valor à atuação profissional.
É claro que uma mudança de lógica como a que citamos acima nem sempre é um processo fácil ou rápido. Mas, a partir do momento que os profissionais passam a analisar as situações do dia a dia, sob a ótica da digitalização, há uma virada de chave que impacta toda a cultura da empresa.
Por isso, é importante que a equipe esteja preparada para a mudança de cultura e para a construção de uma maturidade analítica que, certamente, será muito profícua para a corporação. Ao ter uma mentalidade digital, o profissional passa a analisar os dados de uma nova maneira, buscando extrair as informações mais relevantes para direcionar a sua atuação e, assim, ter uma gestão data-driven.
Trata-se de uma cultura orientada por dados, que utiliza as métricas reais para subsidiar a tomada de decisão. No Direito essa abordagem vem se mostrando bastante eficaz e ajuda dar autoridade nas decisões baseadas em instintos ou intuições, tornando a prática jurídica mais assertiva, segura e inteligente.
Veja alguns benefícios de se adotar uma gestão baseada em dados na prática jurídica:
É claro que todo o processamento das informações disponíveis no Judiciário depende das mais diversas tecnologias empregadas hoje no Direito, mas é importante lembrar que o desenvolvimento das ações estratégicas e a tomada de decisão continuam sendo de competência do ser humano. A advocacia do futuro é data-driven e cada vez mais será necessário pensar de forma inovadora, para se manter competitivo no mercado. Lembre-se que, para além da tecnologia, a inovação jurídica requer atitudes disruptivas, que apresentem novas formas de solucionar os antigos problemas.
Embora a transformação digital seja significativa e benéfica, é igualmente importante adotar novas abordagens, práticas colaborativas e soluções alternativas para promover uma Jurídico mais acessível, ágil e eficiente para todos.
Aqueles que abraçam a inovação jurídica de forma holística estarão preparados para enfrentar os desafios do futuro, mantendo-se relevantes e proporcionando uma experiência mais satisfatória e eficaz aos seus clientes.
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