A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou recentemente a terceira edição da campanha “Pare e Pense: Pode ser Golpe”, para alertar a população sobre os casos de golpes digitais que são aplicados no Brasil. Os dados demonstram que cada vez mais os estelionatários utilizam o os meios eletrônicos para cometer crimes. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgado em julho deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 foram registrados 189,9 estelionatos digitais para cada 100 mil habitantes no país, um aumento de 65,1% em relação a 2021.
A partir destes dados, a Deep Legal realizou um estudo em cerca de 10 mil processos que envolviam fraudes eletrônicas no Brasil, com base nas informações públicas coletadas em diferentes bancos de dados do Judiciário. E, segundo o levantamento, as instituições financeiras e de pagamento (de diferentes portes) foram as mais demandadas na Justiça por casos de golpes digitais, seguidas por empresas de telefonia e do varejo. Saiba mais a seguir.
De acordo com o levantamento realizado, apesar dos clientes serem os principais responsáveis pelo compartilhamento das informações, em 60% dos casos judicializados as empresas foram condenadas (total ou parcialmente) pela Justiça com fundamentação na responsabilidade objetiva do Direito do Consumidor. “Para chegar às vítimas, os criminosos muitas vezes utilizam de forma indevida a logomarca ou o nome de uma empresa com quem a pessoa já tem uma relação de consumo e se apropriam dos dados pessoais e bancários para prática de outros golpes. O que observamos no levantamento é que na maioria dos casos, as empresas tiveram que ressarcir de alguma forma os clientes que foram lesados pelas quadrilhas, mesmo que o crime tenha ocorrido sem o conhecimento da corporação”, explica Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal.
“Com a comunicação cada vez mais mediada pela tecnologia e com os golpes mais sofisticados, fica difícil para o cidadão identificar em um primeiro momento o que é uma comunicação real e o que pode ser fraude. Por isso, é muito importante que as empresas de todos os setores adotem medidas preventivas como: educação sobre segurança digital; monitoramento de transações; bloqueio de operações suspeitas; sistemas fortes de autenticação como biometria facial, impressão digital e duplo fator, para conscientizar e prevenir os clientes sobre as fraudes que estão sendo praticadas no mercado”, destaca Vanessa.
Confira as principais dicas da Febraban para evitar as fraudes:
1 - Proteja seus cartões e senhas: nunca entregue seus cartões a ninguém, os bancos não pedem o cartão de volta e nem mandam um portador para buscá-lo. Não compartilhe suas senhas com familiares ou amigos e nem anote em papéis, celular ou computador. Outra medida de prevenção é nunca enviar as senhas por aplicativos de mensagens, e-mails ou SMS.
2 - Fique atento nas transações bancárias: ao realizar uma compra na maquininha sempre confira o valor antes de digitar a senha e preste atenção quando te devolverem o cartão, para confirmar se é mesmo o seu. Ao pagar um boleto ou realizar transferências ou PIX confira os dados do recebedor e nunca tire fotos ou filme a tela do caixa eletrônico.
3 - Ative o duplo fator de autenticação: utilize esta opção de segurança sempre que possível em aplicativos, e-mails e redes sociais, par aevitar que os golpistas invadam suas contas.
4 - Tenha cuidado no ambiente digital: só compre produtos de sites confiáveis e conhecidos e utilize sempre o cartão virtual para as transações. Não exponha seus hábitos de consumo nas redes sociais.
5 - Não clique em links desconhecidos: ao receber uma mensagem ou e-mail com um link, sempre confirme a sua origem antes de acessá-lo. Evite os links de promoções muito vantajosas ou que peçam a sincronização, atualização ou manutenção de tokens, aplicativos ou cadastros.
6 - Fique atento às ligações: se receber uma ligação em nome do banco solicitando para você retornar para a Central de Atendimento, utilize outro aparelho para a ligação. Assim, você evita que os golpistas ‘prendam’ a sua linha telefônica e tenham acesso a informações sigilosas.
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Estudo da Deep Legal aponta que mesmo sem saber dos crimes digitais, em 60% das ações judiciais as empresas são julgadas total ou parcialmente culpadas pelos golpes aplicados em seus clientes.
Trabalhado em release, virou matéria em diversos portais, confira:
- Bem Paraná: Número de estelionatos digitais aumentou em 65%
- Migalhas: Deep Legal: Empresas ressarcem vítimas em casos de golpes digitais
- Universo do Seguro: Empresas são condenadas a ressarcir clientes na maioria dos casos de golpes digitais que vão a julgamento no Brasil
- LexPrime: Empresas são condenadas a ressarcir clientes na maioria dos casos de golpes digitais que vão a julgamento no Brasil
- Jornal Jurid: Empresas são condenadas a ressarcir clientes na maioria dos casos de golpes digitais que vão a julgamento no Brasil
- CBN Curitiba: Empresas são condenadas em 60% dos golpes digitais
- Monitor Mercantil: Empresas são condenadas a ressarcir clientes na maioria dos casos de golpes digitais que vão a julgamento no Brasil