Nós já sabemos que o futuro é data driven e que as empresas vêm adotando cada vez mais o uso de dados como insumos valiosos para, assim, tomar decisões com reais chances de obter resultados significativos. Entretanto, desenvolver uma cultura orientada por dados envolve diversas questões e requer muito mais que ferramentas. Na verdade, necessita uma mudança cultural e processual que implica em tomar decisões baseando-se em indicadores reais. Mas as pesquisas apontam que esse esforço vale a pena!
Um levantamento realizada pela Cortex mostrou que 79% dos profissionais de inteligência apontam oportunidades de melhorias no trabalho com dados. Já um estudo do MIT afirma que as organizações data driven têm produtividade e rendimentos até 6% mais altos. Analogamente, uma pesquisa da Boston Consulting Group concluiu que empresas com maturidade digital lucram 20% mais e ganham
Mas como atingir a maturidade na cultura data driven? Segundo o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, e do head de dados e mensuração da mesma empresa, Rafael Russo, esse movimento deve se estruturar em alguns pilares. Os principais, aplicáveis ao Direito, são: pessoas, dados, processos e tecnologia.
O mundo em que vivemos está cada vez mais digital e conectado. Assim, quem não acompanhar o passo vai ficar para trás. Então, segundo os executivos do Google, é essencial que empresas se esforcem em procurar pessoas que possam ajudar nessa transformação.
Por isso, é importante que as lideranças compreendam o papel da tecnologia e se convençam de que os serviços digitais são a chave para facilitar a gestão dos dados e transformá-los em acionáveis. Mas é claro que apenas líderes não bastam, também são necessários outros profissionais capacitados. Nesse sentido, um dos perfis mais valorizados para isso é o do cientista de dados. Esse especialista trabalha na intersecção entre matemática, negócios e sistemas de informação.
No ramo do Direito, é nítido que o volume de dados cresce a níveis exponenciais. Logo, o Big Data é um desafio em qualquer função jurídica. Seja para pesquisa, estratégia legal, análise processual ou qualquer outra atividade corriqueira do advogado. Porém, na cultura data driven, o volume de dados deixa de ser um problema e passa a ser a solução. Visto que é capaz de escanear, interpretar e até sintetizar um documento escrito.
Com essa cultura, é possível projetar com mais precisão os ganhos e perdas de casos, assim como suas principais tendências. Dessa forma, facilitando a tomada de decisão e o posicionamento estratégico da empresa. Essas informações vêm de diversas fontes, como redes de dispositivos conectados, fontes disponíveis publicamente e redes sociais. Então, registros jurídicos, acusações, defesas, testemunhos e decisões dos juízes são alguns dos exemplos de dados que são armazenados e, posteriormente, analisados.
Para termos uma ideia, o ano de 2019 terminou com 77,1 milhões de processos em tramitação, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ou seja, também serão milhões de novos dados de tramitações até o final deste ano, com informações valiosas sobre ações e decisões a serem incluídos. Então, com esses dados em mãos, o Legal Analytics se torna um grande aliado dos profissionais do meio jurídico. Para entender mais sobre este assunto, não deixe de ler nosso artigo sobre como o Legal Analytics pode ajudar o setor jurídico.
Segundo o Google, as operações e processos das empresas data driven apresentam diferenças cruciais em relação às tradicionais. A principal é que nelas os dados trabalham de forma integrada. Na prática, isso significa que as informações não são armazenadas nos computadores individuais de cada funcionário, mas disponibilizadas na nuvem, para todos dentro da organização. Portanto, ao fazer isso, você deixa de acumular trabalhos em filas para tornar o processo automático, ágil e em tempo real.
No âmbito jurídico, os processos ainda podem ser facilitados com ferramentas como a Deep Legal, que aposta na inteligência artificial e na combinação de diversos algoritmos. Como resultado, a gestão jurídica dos processos vem se tornando mais célere e eficaz, com redução de custos. Leia o artigo Deep Legal: a lawtech que prevê resultados de julgamentos (e muito mais) para entender melhor seu funcionamento.
Por fim, o último dos pilares: tecnologia. Com ela, a experiência do departamento jurídico melhora e passa a contar com dados preciosos sobre os processos em andamento ou concluídos. Inclusive, visualizando estatísticas em tempo real.
Nesse sentido, procure uma ferramenta de Legal Analytics com base na cultura data driven, como a Deep Legal. Isso porque, caso seja utilizada na gestão do departamento jurídico, sua eficiência e precisão aumentam consideravelmente, chegando a mais de 84%. Foi dessa forma que a Deep Legal viu o aumento pela busca de sua solução crescer 40% em 2020 e entrou na lista do Top 10 LegalTechs do país.
Por fim, apesar de transformações profundas nem sempre serem fáceis e levarem algum tempo, o importante é começar o quanto antes com o que estiver ao seu alcance e couber na realidade da sua empresa. Para entender como é possível implementar uma cultura data driven na gestão jurídica, leia nosso artigo sobre os primeiros passos sobre cultura data driven.