Editorial de imprensa – Deep Legal na mídia.
A revolução digital é uma realidade. Redes Sociais, Big Data, Internet das Coisas, Chatbots, Impressão 3D, Cloud Computing, Inteligência Artificial… Toda essa inovação influencia positivamente o ambiente profissional. Com esse panorama, o meio jurídico, costumeiramente uma das profissões mais tradicionais, é muito afetado, passando por um momento de profundas mudanças de mindset e também de rotina.
Pela conectividade e mobilidade, é possível consultar processos, legislações, controlar suas tarefas, automatizar atividades administrativas e relatórios, de qualquer lugar através de um bom e seguro sistema de gestão.
A tecnologia, sobretudo através da inteligência artificial, que aproxima as atividades do comportamento humano serem reproduzidas pelas máquinas, pode ser vista como uma aliada, já que toda essa inovação vêm sendo utilizadas para facilitar o dia a dia do jurídico, otimizando o tempo na realização das tarefas desempenhadas pelos advogados e promovendo trabalho mais assertivo, com maior previsibilidade e aumento de produtividade.
Com isso, o advogado pode concentrar suas habilidades em situações cujo sucesso depende exclusivamente do fator humano: sensibilidade ao atender o cliente, colaboração entre a equipe, relacionamento com outros profissionais, comunicação simples, interpretação hermenêutica, capacidade analítica e forte atuação intelectual na elaboração de conteúdo.
Não obstante, a necessidade de aprimorar competências, existe. Ter um modelo mental voltado para a curiosidade, para descomplicar a advocacia e visando as perspectivas de sucesso, é a dica de ouro. Possuir um perfil dinâmico e multidisciplinar, com capacidade de conhecer o negócio, aptidões com dados e estatísticas, para tomada de decisões mais coerentes e menos intuitivas são alguns exemplos.
É realidade a existência de ferramentas inteligentes que atuam impactando o trabalho dos advogados, exercendo determinadas atividades cognitivas e aprendizado contínuo na coleta, processamento e análise de dados. Há muito ainda a ser aprimorado, pois estamos só no começo. Mas é possível identificar instrumentos atraentes que se bem utilizadas, já trazem benefícios diversos, como facilidade em compartilhar documentos, otimização do tempo dos profissionais, potencial redução de custos, previsibilidade, segurança nas transações jurídicas, menor risco para os clientes, ou seja, a tão desejada eficiência. Algumas inovações no segmento são:
Legal Design
O Legal Design é uma abordagem nova criada nos Estados Unidos que visa repensar a forma de oferecer serviços e produtos no mercado jurídico. Utiliza a aplicação do design thinking ao mercado jurídico com o objetivo de fomentar a inovação. O design thinking é uma abordagem conhecida de muitos empreendedores, que buscam solução de problemas de forma coletiva e colaborativa em uma perspectiva de máxima empatia com os interessados, ou seja, os clientes.
Blockchain
Blockchain, ou cadeia de blocos é um sistema disruptivo distribuído e descentralizado que registra transações, com segurança jurídica. Elas podem ser vistas e auditadas por outros, mas não permite cópias ou alterações, pois o bloco posterior vai conter a impressão digital do anterior mais seu próprio conteúdo, gerando sua própria impressão digital. Um exemplo de utilização são as plataformas de certificação de documentos e contratos inteligentes (smart contracts).
Marketing jurídico digital
Através da ampliação das redes sociais, utilização mobile e democratização da informação online, o advogado que empregar estratégia de posicionamento digital, com sólidas amostras de sua especialização, cases de sucesso, temas relevantes e problemas que resolve, para um público segmentado do seu nicho de atuação, tende a ganhar audiência e relevância e se destacar no mercado jurídico através do marketing jurídico digital, o qual encontra viabilidade junto à OAB.
Plataformas de acordo
As plataformas de acordos jurídicos são soluções tecnologias para a resolução extrajudicial de conflitos de modo satisfatório, tendo aplicações diversas na seara jurídica.
Elas vêm crescendo exponencialmente no Brasil devido as metas de mediação do CNJ que refletem no judiciário e nas empresas. Pessoas físicas e jurídicas passam a preferir resolver seus conflitos por meio dessas soluções, ao invés de judicializar a demanda, concedendo ainda, acesso à Justiça no país.
Jurimetria
Jurimetria é a uma nova ciência que usa métodos estatísticos e de probabilidade aplicados ao Direito. Tem o resultado em organizar dados, extraindo por meio de sua análise, diversas métricas. Essa técnica consiste em entender os processos e acontecimentos que ocorrem no meio jurídico.
Data Driven Legal Business
A cultura data driven, ou cultura orientada por dados, existe quando uma empresa organiza seus processos e métricas com base em dados reais, fugindo assim de decisões embasadas em intuição, instinto, exemplos passados ou achismos, tornando o jurídico mais ágil, inteligente e rentável.
A massa de dados presentes no mundo jurídico torna a aplicação dessa cultura, através de softwares jurídicos, possível, para entender, por exemplo, diversas métricas de Jurimetria, como por exemplo, tendências e analise de comportamento dos casos desde sua distribuição ao encerramento.
Lawtechs como a Deep Legal já são pioneiras na utilização inteligência preditiva no setor jurídico do Brasil, desde a coleta, modelagem, saneamento e organização de dados, gerando produtividade e sucesso, com a verdadeira implementação de uma cultura data driven.
Conclusão
A tecnologia é um meio inteligente para o fim da atuação intelectual jurídica. Com as facilidades que as inovações tecnológicas, as adições para o jurídico vão além do aumento da produtividade e a diminuição da carga de trabalho. Ela é benéfica na gestão, análise estratégica de dados, eficiência e fidelização de clientes.
A transformação é positiva. Com ela vem a necessidade de uma nova consciência e uma nova postura para os advogados serem fluidos, adaptados a essa realidade com novas competências e sendo ainda melhores em suas habilidades humanas.
Disponível em: EXAME, Infomoney
Editorial de imprensa – Dino – 26.07.19